Como tenho enfatizado em outros artigos o tratamento para readquirir um novo peso passa por mudanças em nossas rotinas e estilo de vida e um comprometimento para efetuar estas mudanças. Para mim as medicações são um fator importante para ajudar nesta reorganização. São um meio e não um fim.
No tratamento da obesidade o arsenal medicamentoso ficou restrito após uma decisão da ANVISA, discutível, de retirada do mercado de algumas drogas. E tanto os endocrinologistas como os pacientes aguardam por novos medicamentos para o tratamento da obesidade.
Há novos medicamentos como lorcaserin (Belviq), associação de topiramato com fentermina (Qsymia) e a combinação de bupropiona e naltrexone (Contrave) já aprovados pelo FDA. Ainda em fase de pesquisa que serão lançados nos próximos anos temos o cetilistat (semelhante ao xenical) e empatic.
A liraglutida (Victoza), já lançado para tratamento de pacientes diabéticos, facilita a perda de peso em diabéticos e obesos não diabéticos. O FDA aprovou para uso em pacientes obesos não diabéticos a liragltutida na dose de 3.0 mg, lançada nos Estados Unidos com o nome comercial de Saxenda. No Brasil o Saxenda foi aprovado pela ANVISA em março de 2016.
O Belviq (locarcerina) foi aprovado pela ANVISA em dezembro de 2016, já está disponível no Brasil. Atua através do estímulo da serotonina no cérebro, induzindo a sensação de saciedade e também aumentando a queima calórica.
Graças ao esforço dos endocrinologistas temos a volta da Anfepramona (Dietilpropiona), um medicamento seguro com experiência de mais de 30 anos. Que pode ser associado ao Topiramato sendo uma ” tropicalização ” do Qsymia pois a anfepramona tem uma ação semelhante a fentermina.
Em final de 2018 a ANVISA aprovou o primeiro remedio para compulsão alimentar, a lisdexanfetamina (Venvanse).
As medicações devem ser indicadas pelo médico e necessita acompanhamento durante todo o tratamento. Com certeza nos próximos anos poderemos ter uma ideia melhor do potencial destas novas medicações.
muito bom